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Esgoto despejado na Amazônia equivale a 761 piscinas olímpicas por dia

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Todos os dias, 2,3 trilhões de litros de água suja — composta em grande parte por esgoto residencial sem tratamento — são despejados nos rios e córregos que cortam os nove estados da Amazônia Legal. O volume equivale ao enchimento de 761 piscinas olímpicas.

O dado foi revelado pelo Instituto Trata Brasil no estudo “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento na Amazônia Legal”. Em 2022, apenas 16,8% do esgoto gerado na região passou por algum tipo de tratamento. O déficit impacta 21,9 milhões de pessoas em 772 cidades, um quadro muito acima da média nacional.

Os reflexos na saúde pública são graves. Em 2019, a região registrou 85 mil internações por doenças de veiculação hídrica, além de índices alarmantes de afastamentos por enfermidades gastrointestinais e respiratórias — sobretudo entre crianças e idosos. A ausência de infraestrutura expõe milhões de pessoas a riscos que poderiam ser evitados.

Apesar da abundância de recursos hídricos, o investimento médio em saneamento na Amazônia Legal é de apenas R$ 66,52 por habitante ao ano, muito abaixo dos R$ 223 considerados necessários.

O estudo estima que a universalização do saneamento entre 2024 e 2040 poderia gerar benefícios superiores a R$ 330 bilhões, incluindo economia de R$ 2,7 bilhões em saúde, valorização imobiliária de R$ 25,1 bilhões, ganhos de R$ 22,1 bilhões no turismo e aumento de R$ 192,9 bilhões na produtividade da população.

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