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Nordeste convive com beleza natural e os piores índices de saneamento do país, aponta estudo

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Apesar de abrigar patrimônios naturais únicos e ter no turismo uma das principais fontes de renda, o Nordeste segue entre as regiões mais críticas do país quando o assunto é saneamento. Segundo o Ranking do Saneamento 2025, do Instituto Trata Brasil, baseado em dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento (Sinisa/2023), 14 milhões de nordestinos vivem sem acesso à água potável e mais de 37 milhões não contam com coleta de esgoto.

Entre as 20 cidades da região analisadas, apenas Vitória da Conquista (BA) se aproxima das melhores posições, ocupando o 23º lugar. Já Campina Grande (PB) e Aracaju (SE) aparecem em posições intermediárias (38ª e 44ª, respectivamente). No entanto, quatro capitais figuram entre as piores do Brasil: São Luís (MA) em 91º, Maceió (AL) em 86º, Recife (PE) em 83º e Natal (RN) em 80º.

O impacto da precariedade vai além da saúde pública. Crianças em idade escolar enfrentam maior incidência de doenças de veiculação hídrica, trabalhadores perdem dias produtivos e famílias convivem com insegurança hídrica e ausência de esgoto. Além disso, a falta de infraestrutura ameaça a economia do turismo e degrada ecossistemas: hoje, apenas 34,7% do esgoto é tratado, o que equivale a 1.386 piscinas olímpicas de esgoto lançadas por dia na natureza.

O problema também é financeiro. O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) estima a necessidade de R$ 223,82 por habitante/ano em investimentos para a universalização. A realidade nordestina, no entanto, mostra apenas R$ 82,18 por habitante, cerca de 36% do valor necessário.

A oito anos do prazo estabelecido pelo Novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026/2020) – que prevê 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033 –, especialistas alertam que 2025 é decisivo: os prefeitos recém-eleitos terão a responsabilidade de planejar e ampliar investimentos, buscando reduzir desigualdades e garantir qualidade de vida à população.

Fonte: Revista Nordeste – 01/09/2025

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